Apocalipse 10 - João e o
livrinho.
Apocalipse 10 e 11 dão uma pausa
entre a sexta e a sétima trombeta, para revelar o cumprimento de duas profecias
de Daniel que se cumpriu exatamente na época do fim da sexta trombeta e também
marcou o inicio do anjo da sétima trombeta. Por ordem cronológica teríamos que
falar de Apocalipse 11 primeiro, mas vamos seguir a ordem Bíblica.
Apocalipse 10 começa com João
vendo outro anjo forte descendo do Céu envolto numa nuvem com um arco-íris por
cima da cabeça, o rosto era como o sol e as pernas como colunas de fogo.
Interessante que a Bíblia é
completa, ela própria se explica. Esta cena que João viu, já tinha sido vista
por outro profeta muitos anos antes, o profeta Daniel. Em Daniel 10, curioso
que é o mesmo capítulo 10 de Apocalipse, Daniel vê em visão um ser muito
semelhante ao que João viu, o próprio Jesus. Na sequencia de Daniel Jesus diz
as coisa que iriam acontecer no futuro, sobre a purificação do santuário que
seria depois de 2300 anos. Jesus também diz em Daniel 12, que seria cumprido
depois dos 1260 anos de supremacia Papal que perseguia e destruía o povo Santo.
Neste tempo seria feito o julgamento de todos que se achavam escrito no Livro,
e disse para Daniel selar o livro pois ainda era para um tempo distante onde
muitos iriam estudar o livro e o saber se multiplicaria.
Não é acaso que João viu e ouviu
praticamente a mesma cena que Daniel, pois para Daniel Jesus deu a profecia e
para João, Jesus deu a revelação e o cumprimento da profecia do livro de
Daniel. O livrinho que Jesus tinha na mão era o livro de Daniel, que por muitos
anos ninguém estudou e muito menos entendeu. Mas o conhecimento por volta de
1800 d.C estava em franca multiplicação, tanto na industria como socialmente e
intelectualmente. Em 1798 d.C aconteceu a revolução Francesa que resultou no
fim dos 1260 anos de supremacia Papal, assunto de Apocalipse 11. Neste tempo
Jesus disse que se cumpriria o Mistério de Deus que havia anunciado aos seus servos
os profetas, neste caso a Daniel, o mistério de Deus é seu Julgamento, pois é
difícil entender como que um Deus de amor julgará e condenará suas criaturas, é
realmente um mistério, mas Deus é justiça e a justiça tem que ser feita.
João ouviu uma voz do céu que
disse para ele tomar o livrinho da mão de Jesus e come-lo; na sua boca seria
doce como o mel mais no estomago seria amargo. Mas mesmo assim ele deveria
ainda profetizar a respeito de muitos povos, nações, línguas e reis.
Que maravilha é as promessas de
Deus, elas se cumprem ao pé da letra. Por volta de 1800 d.C, explodiu a
mensagem da breve volta de Jesus a terra, baseado nas profecias de Daniel das
2300 tardes e manhãs ou 2300 anos. Um dos estudiosos mais importante das
profecias de Daniel na America, foi Guilherme Miller fundador do movimento
Milerita como ficou conhecido. Através de estudos do livro de Daniel, ele
convenceu-se que os 2300 anos findava na primavera de 1843 d.C. (457 a.C + 2300
anos = 1843 d.C. este estudo está disponível nos estudos de Daniel deste mesmo
Blog) Guilherme Miller fez e refez seus cálculos e após não ter dúvidas começou
a pregar de igreja em igreja sua mensagem grandiosa. Em todos os lugares pontos
de estudos foram fundados para estudar as descobertas de Miller, e após a
confirmação cânticos e glórias era dadas a Deus pelo breve livramento. A
mensagem era tão maravilhosa que por todo o país Americano ouve um reavivamento
nunca antes visto, milhares de pessoas abraçaram a mensagem da breve volta de
Jesus que alguns até venderam seus bens e deram em prol da mensagem, Guilherme
Miller e seus companheiros viajavam incansavelmente por todo País, para
alcançar o maior número possível de pessoas, viagens foram feitas para outros
Países par levar a mensagem além mar. A mensagem era doce como o mel.
Milhares de pessoas faziam um
exame de consciência, para ver se estavam tranquilos perante Deus, contavam os
dias para o regresso de Jesus. Guilherme Miller nunca marcou um dia especifico
para a volta de Jesus, seu cálculo era na primavera de 1843 d.C, a primavera
tem 3 meses, chegou o ano marcado, cada dia era uma chance de ser o grande dia.
Pouco a pouco passou a primavera, o verão também estava passando e nada de
Jesus voltar, enfim passou o ano 1843 e começou o 1844, a esta altura já
existia alguns preocupados, novos estudos foram feitos para ver se tinha algum
detalhe mal compreendido. Começou a surgir ideias anti bíblicas, como que Jesus
viera em secreto, já que a Bíblia é clara em dizer que todo olho verá Jesus
voltando com poder e grande glória. Já que as profecias eram sobre a
purificação do santuário, começaram a estudar as festas judaicas do santuário.
Chegaram a conclusão que a última festa do calendário Bíblico dos Judeus, era
no outono dia 22 do 7º mês tisri, que traduziram erradamente para o calendário
Gregoriano que seguimos, como 22 de Outubro de 1844. Havia uma luz no fundo do
túnel, mas o dia passou e a luz se apagou, o desapontamento foi tão grande que
as gozações dos incrédulos não era nada, a esperança de milhares se fora,
abandonaram Jesus, as igrejas, a esperança de ver Jesus. Quão amargo se tornou
a doce mensagem do livro de Daniel.
Muitos porém, não desistiram e
com reuniões de estudos e orações clamavam a Deus por respostas. Certo dia um
fazendeiro ao atravessar uma plantação de milho, teve uma visão do céu se
abrindo e Jesus passando do lugar Santo pra o Santíssimo. Com base em Daniel e
Apocalipse, ficou claro que a purificação do santuário não se tratava da
purificação da terra com a volta de Jesus, mas da revisão dos nomes dos salvos
do Livro da Vida do Cordeiro, que estava na mão direita de Deus desde a
fundação do mundo, e que Jesus ao se tornar digno de abrir este Livro por seu
sacrifício redentor, começou na primavera de 1843 d.C, 45 anos após acabar os 3
tempos e meio (1260 anos) de supremacia Papal, fazer esta revisão de
confirmação, conforme profetizado por Daniel 12, Apocalipse 10 e 5. Esta
revisão começou pelos salvos mortos, desde Abel, não sei em que ponto está essa revisão, mais é fato Bíblico
que acabará com o selamento final dos vivos um pouco antes das sete últimas
pragas, no fechamento da porta da Graça. O tempo de nos entregar a Deus é
agora, pois não sabemos quando vamos morrer e nosso nome confirmado, salvo ou
perdido. Se estivermos vivos pela ocasião da volta de Jesus, antes de Jesus
voltar já saberemos se estamos salvos ou
não, pois as pragas só vão cair nos perdidos. Que Deus nos guarde até sua
volta, Amém.
Perfeita explicação e faz todo sentido
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